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5 mulheres que contribuíram para o mundo da tecnologia

5 mulheres que contribuíram para o mundo da tecnologia

As meninas e as mulheres deveriam ganhar mais poder em todos os níveis, na aprendizagem e na pesquisa, na administração e no ensino. No mês em que comemoramos o Dia Internacional das Mulheres (08 de março) temos uma oportunidade para fazer com que todos possam tomar uma posição a favor de uma maior inclusão no campo científico. Seja a programar, a desenvolver produtos ou novas invenções, as mulheres sempre estiveram presentes. Podem até ser pouco lembradas, mas jamais serão esquecidas. Por isso, separámos 5 mulheres inspiradoras que utilizaram a tecnologia para transformar o nosso mundo.

Ada Lovelace

Augusta Ada Byron nasceu em Londres e era filha do famoso poeta inglês Lord Byron e de Ann Isabella Milbanke, uma matemática cujo título era Princesa dos Paralelogramos e que encorajou a filha a estudar matemática. A britânica viveu apenas 36 anos (1815-1852), por causa de um cancro no útero, mas conseguiu tonar-se na primeira programadora da história. Ela previu que os computadores iriam além de cálculos numéricos simples e criou o primeiro algoritmo capaz de ser processado por uma máquina. O único problema encontrado por Lovelace, na época, é que ela simplesmente não possuía o equipamento necessário para colocar os seus estudos à prova. Anos depois do seu falecimento, quando finalmente chegaram os equipamentos necessários para essa verificação, conseguiu-se provar que o seu algoritmo estava certo. Hoje, ela dá o nome a um prémio da Sociedade Britânica de Computação que contempla avanços significativos nos sistemas de informação.

Mary Kenneth Keller

Freira, Mary Kenneth Keller foi a primeira mulher de nacionalidade norte-americana a ter um doutoramento em Ciências da Computação, atribuído em 1965 na Universidade de Wisconsin-Madison. A sua tese tinha como título “Inferência indutiva dos modelos gerados pelo computador”. Keller teve um papel fundamental na criação da linguagem de programação BASIC, que foi utilizada durante décadas para fins didáticos. Além disso, ela fundou o departamento de Ciências da Computação na Universidade de Clarke, também nos EUA, e exerceu nele até 1985, quando faleceu.

Hedy Lamarr

Em Hollywood, chegou a receber o título de “mulher mais bonita do mundo” e  foi estrela de filmes famosos como Sansão e Dalila (1949), Flor do Mal (1946), Argélia (1938) e A História da Humanidade (1957), em que interpretou Joana D’Arc. Mas sua maior contribuição foi na tecnologia, com a criação de um sistema de comunicação sem fios, de criptografia inquebrável, durante a Segunda Guerra Mundial, alterando rapidamente os canais de frequência de rádio para que não fossem interceptados pelo inimigo e capaz de despistar os radares nazistas. Esse conceito de transmissão acabou, mas permitiu o desenvolvimento de tecnologias que usamos hoje, como o Wi-Fi e o Bluetooth. Hedy faleceu no ano de 2000, mas suas contribuições hoje estão ao alcance de todas as pessoas do mundo.

Grace Hopper

A analista de sistemas da Marinha dos EUA, também conhecida como a “Rainha da Programação”, inventou o primeiro compilador para linguagens de programação e a primeira linguagem de programação comercial, o COBOL. Também foi a primeira mulher a se formar na Universidade de Yale (EUA) com PhD em Matemática, além de ser criadora do termo “bug” para se referir a um erro no sistema. Isso aconteceu, supostamente após perceber que um problema no seu computador estava a ser causado por um inseto, que é a tradução da palavra inglesa “bug”. Após ter ganhado diversos prémios da tecnologia, faleceu aos 85 anos em 1992. Uma das suas principais frases tornou-se o principal mantra para as mulheres que lutam por representatividade na indústria da tecnologia: “É mais fácil pedir perdão do que permissão”.

Radia Perlman

O trabalho de Radia Perlman teve grande impacto na maneira como as redes de computadores funcionam atualmente. As suas inovações em mapeamento de rede tornaram a Internet de hoje mais robusta, escalável e auto-configurável, por isso é reconhecida atualmente como a “mãe da Internet”. Ela também é conhecida como pioneira no ensino da programação para crianças, pois desenvolveu uma versão acessível a crianças da linguagem educacional LOGO, chamada TORTIS. Ela recebeu vários prémios da indústria, incluindo a eleição para a Academia Americana de Engenharia, foi a primeira a ser agraciada com o prémio Anita Borg Women of Vision Award for Innovation e com um doutoramento honorário da KTH (Instituto Tecnológico da Suécia). Radia tem ainda o título de PhD em ciência da computação pelo MIT.