A importância de as crianças aprenderem com jogos e brincadeiras
Brincar é um aspecto natural da condição humana. Como explica um artigo da Faculdade de Educação da Universidade de Cambridge, “todas as crianças e a maioria dos adultos se envolvem em actividades lúdicas, incluindo brincadeiras físicas, brincadeiras com objetos, brincadeiras simbólicas, brincadeiras falsas e brincadeiras com regras” e frequentemente associamos brincadeiras às nossas melhores lembranças e experiências mais enriquecedoras na infância.
No entanto, os jogos são mais do que uma mera actividade superficial com o único propósito de diversão, pois também têm um propósito muito mais prático e nobre – a aprendizagem. Este mesmo estudo abordou os benefícios da brincadeira humana e os pesquisadores verificaram que os jogos têm um papel claro na educação e apoio do bem-estar emocional e na boa saúde mental, criatividade e competências sociais de crianças e adolescentes. Desta maneira, podemos concluir que, quando aliados à educação, têm o potencial de contribuir para o desenvolvimento económico, social e cultural da nossa sociedade.
Um outro estudo europeu de 2013 constatou que as crianças a quem foram ensinadas ciências e tecnologia através de brincadeiras adquiriram uma maior compreensão dos conceitos científicos do que aquelas que foram instruídas através de métodos tradicionais. Descobriu ainda que, experiências positivas obtidas através de actividades lúdicas e criativas, baseadas na inovação, podem desempenhar um papel imenso no desenvolvimento do interesse dos estudantes.
O desafio dos educadores
Talvez o grande desafio dos educadores seja proporcionar aulas interessantes e atractivas, independentemente da idade dos alunos. Quando falamos de educação de crianças e adolescentes, deve-se pensar na inclusão de brincadeiras e jogos nas estratégias pedagógicas da instituição, indo muito além de uma mera diversão na hora do recreio. O brincar no ensino passa pelo desenvolvimento de actividades que ajudem no processo de ensino e aprendizagem. Essas actividades auxiliam a criança a pensar e a resolver problemas, estimulando o pensamento, a troca de saberes e noções como tempo, espaço, distância e força, além do desenvolvimento afectivo, social e motor.
O papel dos pais
Os pais também têm um papel fundamental na preparação dos espaços, selecção dos jogos e brinquedos e dos contextos a serem explorados, proporcionando à criança um ambiente de qualidade e enriquecedor da imaginação infantil, que estimule as interacções sociais com outras crianças, familiares e amigos e o desenvolvimento pessoal.
Novos modelos de educação
Os novos modelos de educação devem promover nas suas práticas de ensino e metodologia, a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afectivos, cognitivos, linguísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser com potencial a ser desenvolvido. Desta forma, brincar, expressar-se, cuidar-se, agir e responsabilizar são partes do todo de cada indivíduo e gradualmente vão sendo aperfeiçoados no contacto com as pessoas e o ambiente que as estimulam.
Sobre a Happy Code
A Happy Code é uma escola de programação, tendo como missão formar pensadores e criadores do século XXI. Com uma metodologia de ensino baseada no conceito STEAM (“Science, Technology, Engineering, Arts and Math”), os cursos lecionados incidem sobre a programação de computadores, desenvolvimento de jogos e aplicações, robótica com drones, bem como produção e edição de vídeos para o YouTube.
Tendo como premissa de atuação os valores da responsabilidade, da confiança, da inovação e da consciência social, a Happy Code leciona os seus cursos em centros próprios ou em escolas, empresas, municípios, projetos sociais, centros de estudo, ATLs, entre outros, estando já presente em várias zonas de Portugal.