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A importância do design na programação em sites e apps para crianças

Fazer o design de um website direccionado para crianças é totalmente diferente de um direccionado para adultos. Ao contrário dos mais crescidos, os mais pequenos não estão à procura de informação num website. De facto, estão à procura de se divertirem e aprender – engagement, entretenimento e educação – seja em que formato for: jogos, puzzles, vídeos, histórias ou cores.

Mas como adaptar o design para aquelas pessoas pequeninas que estão constantemente à procura de gratificação instantânea? Como é que o design se pode adaptar à programação e quais são as principais questões a ter em conta quando se constrói um site ou app: cores, uso de elementos gráficos, tamanhos de letras ou botões? Esqueçam as funcionalidades subtis e cores contidas, é altura de fazer as coisas em grande, brilhantes e ousadas.

Se não for fácil de usar, simples de perceber e excitante de ver, as crianças vão passar à frente para o próximo website, brinquedo ou jogo que consiga captar a sua atenção. Logo, quando o assunto é criar um design de websites para crianças, solte a criança que há em si e considere seguir as seguintes tendências e práticas.

Design para diferentes grupos de idades

Fazer targeting a grupos de idades específicos é crucial, principalmente quando as crianças começam a ser proficientes a usar a internet. Existem estudos que revelam que as crianças são extremamente conscientes das diferenças de idade, não interagindo com algo que entendam como sendo demasiado infantil e tendo dificuldade em perceber materiais para idades mais avançadas.

Desta forma, criar designs para crianças requer abordagens distintas e conteúdo direccionado a cada target. Por exemplo, não é por acaso que uma das skills mais importantes que web designers podem aprender é a escolha do tipo de letra, sendo uma das formas mais comuns de comunicação. Mas a escolha de outros elementos visuais não é menos importante aqui. Não percamos mais tempo:

Dos 3 aos 5 anos: cores brilhantes e sons vão chamar a atenção das crianças, assim como personagens engraçadas/divertidas e templates da natureza, que lhes são familiares. Como ainda não têm as suas skills de leitura desenvolvidas, o texto deve ser limitado e com poucas e fáceis palavras. As diferentes secções do site ou da app devem ser bem delineadas.

Dos 6 aos 8 anos: as crianças com estas idades são um pouco mais desafiantes, pois pretendem o reconhecimento de já terem ultrapassado os sites de crianças mais pequenas. As cores mantêm-se brilhantes mas com outras desenvolturas; os gráficos e as imagens tornam-se mais densos e com mais camadas; e as personagens são mais parecidas com humanos. Nesta fase, é comum aparecerem animais e objectos reconhecíveis pelas crianças.

Não é por acaso que os programas de televisão costumam ter dos melhores websites para crianças, uma vez que os produtores e as produtoras sabem como interagir com as crianças e educá-las.

Dos 9 aos 12 anos: as crianças com estas idades são incrivelmente proficientes a usar a internet e estão à procura de websites que as façam sentir-se mais crescidas. Ao passo que a tipografia se mantém simples e as cores saturadas, as paletas tornam-se mais complexas e a estrutura de palavras mais tradicional. Existem ilustrações mais reais e frases sobre os conteúdos apresentados. O uso de fotografias não é raro.

Agora que estão cobertas algumas guias de estilo para designs de websites para diferentes grupos de idades, vamos conhecer algumas características estéticas, funcionais e interactivas!

Usar cores brilhantes para crianças

Mais é mesmo mais quando se trata de cores para crianças, por isso são usadas cores vivas e vibrantes para agarrar a atenção dos mais pequenos. As cores primárias e secundárias – vermelho, azul, amarelo, verde, roxo e laranja – são todas cores vivas e opções populares, podendo os esquemas usados utilizar qualquer uma delas ou todas.

Faça pouco uso de cores pastel e tons de jóias brilhantes ou use em combinação com cores saturadas. Acima de tudo, devem usar-se as cores de forma divertida e existir espaço para serem quebradas algumas regras, pois é tudo para captar a atenção da criança.

Criar ambientes alegres

As crianças querem experiências alegres quando visitam websites ou usam aplicações, então, tal como as cores devem ser vivas e alegres, o ambiente do site também deve ser. Caras sorridentes, personagens divertidas, gestos energéticos e palavras positivas vão contribuir para uma experiência divertida e amigável.

Incorporar elementos familiares

Utilizar formas reconhecíveis chama a atenção das crianças, especialmente as mais novas, uma vez que encoraja e reforça o processo de aprendizagem. Animais, formas da natureza e objectos de casa são todos familiares e identificáveis pelos mais novos, que em tenras idades percebem melhor objectos do que palavras.

Quebrar estruturas tradicionais

Criar o design de websites para crianças, assim como a criação de logotipos, é uma óptima oportunidade para quebrar regras no que toca, por exemplo, à elaboração de grelhas. Tentar fazer um layout não estruturado que incorpora vários pontos de enfoque em partes distintas do ecrã pode resultar! Basicamente, dê às crianças várias coisas para ver, mantendo os seus olhos e o seu cérebro ocupados.

Criar um mundo com profundidade

Criar um website com profundidade visual faz com que o mundo apresentado no ecrã pareça mais real, sendo particularmente relevante quando as crianças crescem e ficam mais familiarizadas com as estruturas típicas dos websites. Sombras, efeitos biselados, gradientes e três dimensões são usados para formar uma visão mais realística.

Características funcionais: navegação, ícones e call-to-action devem ser óbvios

Os sites para crianças precisam de ser user-friendly, portanto é importante ter a certeza de que os ícones, a navegação e os botões call-to-action são todos bem reconhecíveis. Utilize botões largos e imagens em vez de texto e faça-os de maneira a ficarem óbvios e simples para sobressaírem facilmente. Também pode ser uma boa ideia testar o site e ver como as crianças navegam nele.

Tenha em mente que as crianças têm mais dificuldade em mover o rato ou a usar ecrãs touch, então, particularmente para os mais novos, aumente distâncias e áreas clicáveis para ajudar a minimizar erros de cliques.

Manter a tipografia simples

A tipografia deve ser o mais simples possível, existindo alguns guidelines que devem ser aplicados:

  1. Usar sempre tipos de letra sans serif para tornar o texto mais fácil de ler;
  2. A paleta tipográfica deve cingir-se a um tipo, talvez dois para crianças mais crescidas;
  3. Evitar efeitos tipográficos;
  4. Assegurar de que letras e palavras não são obstruídas;
  5. Utilizar cores que sobressaiam ao background;
  6. Usar tamanho de letra 14pt para crianças mais novas e 12pt para mais crescidas.
Características interactivas: desenvolver uma storyline

Elaborar uma história à volta do conteúdo para criar envolvimento entre a criança e o website é interessante e cada vez mais usado. Esta história pode ser o foco do design do website, incluindo a configuração e as personagens, podendo girar à volta de diferentes páginas e elementos interactivos do site.

Desenvolver personagens

As crianças adoram desenhos animados, especialmente personagens alegres e amigáveis. Estas podem ser criadas na altura ou já conhecidas de programas de televisão, filmes ou jogos (conheça todas as licenças de sobre direitos antes de usar personagens ou imagens com marca registada). Ponha-as com sorrisos e faça-as grandes. Pode até dar-lhes voz ou sons.

Envolver e estimular os sentidos das crianças com sons, vozes e músicas interactivas é importante. Aqui, quanto mais alto, melhor (mesmo que os pais e as mães não concordem a 100% passado um tempo), uma vez que sons familiares são uma boa forma para treinar a memória sensorial das crianças para o que conhecem do mundo real.

Incorporar vídeos, jogos e actividades

Características interactivas devem ser o principal foco do entretenimento e/ou da educação dos mais novos. Como tal, vídeos, jogos e actividades devem ser utilizados para enriquecer a audição, leitura e aritmética; e actividades imprimíveis como folhas coloridas melhoram a criatividade, coordenação e imaginação.

Educar, educar, educar

Mentes jovens estão constantemente a aprender e um website é uma excelente oportunidade para tornar essa aprendizagem divertida e envolvente. Educar e formar crianças com jogos e actividades que incorporam educação, como puzzles e prémios (tais como crachás e níveis), encoraja-as a continuar.

Informar pais e mães

Existem vários motivos para que pais e mães tenham algum receio de certos websites, pelo que é importante fazê-los sentir-se confiantes que um site particular é seguro e apropriado à idade dos seus filhos. Inclua uma secção para pais e mães que sublinhe o objectivo do website que providencie a informação necessária que pais e mães precisem.

Publicidade

Atente que as crianças, principalmente as mais novas, não conseguem distinguir publicidade e promoções do conteúdo real. Se existe ou não campanhas publicitárias depende de site para site, mas é importante considerar o propósito do website e perceber se é ou não apropriado.

Enquanto criar o design de um website para crianças é uma oportunidade para quebrar algumas normas de design de websites para adultos, como pudemos perceber também existe um conjunto de normas e guidelines consideráveis. É uma oportunidade, portanto, para pensar de forma diferente e divertir-se à grande!

Post escrito em parceria com a Zaask
Sobre a Happy Code

A Happy Code é uma escola de programação, tendo como missão formar pensadores e criadores do século XXI. Com uma metodologia de ensino baseada no conceito STEAM (“Science, Technology, Engineering, Arts and Math”), os cursos lecionados incidem sobre a programação de computadores, desenvolvimento de jogos e aplicações, robótica com drones, bem como produção e edição de vídeos para o YouTube.

Tendo como premissa de atuação os valores da responsabilidade, da confiança, da inovação e da consciência social, a Happy Code leciona os seus cursos em centros próprios ou em escolas, empresas, municípios, projetos sociais, centros de estudo, ATLs, entre outros, estando já presente em várias zonas de Portugal.

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