A minha filha quer ser Youtuber. O que fazer?
Frequentemente temos pais que nos contactam a dizer que “A minha filha quer ser Youtuber. O que fazer?”. A verdade é que, nos nossos dias, qual é a criança ou adolescente que não tem o sonho de criar um canal no Youtube e aparecer no ecrã a falar sobre as coisas que mais gosta de fazer? Provavelmente a maioria já desejou essa experiência. Esta actividade, se for bem planeada e orientada, pode ser muito positiva, estimulando o lado criativo e a disciplina dos miúdos, além de possibilitar o conhecimento de algo que se tornou, de facto, uma profissão.
No entanto, independentemente do assunto a ser abordado, algumas regras
devem ser observadas:
– O apoio e orientação dos pais sobre o que será produzido e apresentado no canal, é fundamental. O que começa com uma brincadeira poderá tornar-se uma profissão;
– Criar algo novo, pessoal e único será imprescindível para que o futuro Youtuber se possa destacar;
– A sobre-exposição deve ser evitada, principalmente no que toca a dados e hábitos pessoais do(a) filho(a);
– Os pais devem acompanhar e orientar os futuros Youtubers sobre como lidar com os comentários, tanto positivos quanto negativos (sim, porque é certo que eles vão aparecer!!!), e eventuais provocações dos internautas.
– Pensar sobre como cada vídeo será visto pelo próprio Youtube daqui a alguns anos é também um exercício muito importante, assim como reflectir se o conteúdo produzido poderá servir de motivo de cyber(bullying);
– Estipular o tempo que será gasto na criação, produção e edição dos vídeos também deve ser respeitado para que não atrapalhe as actividades escolares, além da própria infância off-line, que é tão divertida quanto a online.
– Atenção: a internet não é uma terra sem leis e os pais poderão ser responsabilizados por eventuais actos ilícitos praticados por seus filhos menores, tal como se fosse off-line.
Se estas regras básicas forem seguidas, a aventura do seu filho se tornar um Youtuber será uma tarefa enriquecedora, para todos!
Curiosidades:
Sabia que a revista Forbes publicou um artigo onde comprova o dinheiro que se pode ganhar como youtuber? Para criar o top dos youtubers mais ricos, a revista americana contactou a Nilsen, uma empresa que analisa as audiências online do YouTube. O sueco PewDiePie ocupa o primeiro lugar desta análise. Com quase quarenta e cinco milhões de seguidores, ganhou em 2015 quase 10,5 milhões de euros com o canal. Já em segundo lugar ficou a dupla de comediantes Smosh, com trinta milhões de fãs e uma facturação de 7,5 milhões de euros.
Adaptação do artigo feito por Silvia Blum Vidal para Nethics – Educação Digital
Para ajudar os pais a dar resposta a esta actividade dos filhos, a Happy Code criou os cursos de Youtuber e Youtuber Pro, em que os alunos aprendem não só a criar um canal de sucesso, mas a utilizar ferramentas profissionais de criação, edição de vídeo e multimedia, bem como bases de cidadania digital, tão essenciais no mundo de hoje.