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Entenda como identificar se seu filho sofre ou pratica bullying digital

Entenda como identificar se seu filho sofre ou pratica bullying digital

Apesar de em Portugal o índice de pais que dizem que os filhos foram vítimas de bullying digital não ser significativo, isto não acontece no Brasil, que é o segundo país a nível mundial onde os pais tem esta percepção. De acordo com a pesquisa da Ipsos sobre cyberbullying, este país fica atrás apenas da Índia, que tem um índice de 37%, enquanto no Brasil o número chega a 29% e Portugal nem aparece.

O mesmo estudo também mostrou que cerca de 76% dos pais acreditam que as acções que existem para combater esse problema ainda são insuficientes.  Isto é uma questão que assusta os responsáveis, pois, em grande parte dos casos, não sabem como identificar se o filho sofre ou pratica o bullying digital.

Neste artigo, vamos ver alguns pontos que ajudam nesse processo de detecção, assim como estratégias que podem ser utilizadas para combater a questão!

O bullying digital

O bullying digital ou cyberbullying é um tipo de assédio que ocorre em canais como redes sociais, aplicações de mensagens, e-mails e sites. Para isso, o praticante usa tecnologias que apoiam comportamentos repetidos e hostis contra um indivíduo ou grupo. Troça, assédio e intimidação estão entre as principais atitudes ligadas ao bullying.

Geralmente, o problema acontece quando os agressores têm contato com as vítimas e encontram nos meios digitais uma maneira de difamar a imagem delas ou de as provocar. Entre os tipos mais comuns de cyberbullying estão a ridicularização de um indivíduo quanto ao modo de vestir, etnia, religião ou sexualidade. 

Até há pouco tempo, não existiam leis que protegessem as vítimas. No entanto, com o crescimento desta prática, foi implementada uma legislação mais rigorosa, punindo os agressores. Os canais digitais ainda servem como uma prova da prática e podem ser motivo para processos, dependendo da vontade da vítima.

O agressor

Muitas vezes, quando se fala em bullying, as pessoas voltam logo os olhares para as vítimas. No entanto, é muito importante identificar as atitudes do agressor, a fim de eliminar o comportamento nocivo. Nem sempre ele é um vilão — em diversos casos, o comportamento agressivo pode ser sinal de baixa autoestima ou mesmo um reflexo das atitudes dos próprios familiares.

Os prejuízos psicológicos da prática do bullying são maus tanto para quem o recebe como para quem o pratica. Logo, é essencial que os pais estejam atentos a algumas atitudes dos filhos para identificar se eles são os responsáveis pelo problema.

Identificação do praticante do bullying

Crianças e adolescentes do tipo “valentão” têm alguns comportamentos que as denunciam como praticantes de bullying. Geralmente, são pessoas que não têm empatia pela dor do próximo, não se importam em agradar aos outros, costumam expressar-se de de forma sarcástica, julgam as pessoas e tendem a não obedecer, impondo sempre as suas vontades. 

Além disso, quando questionadas sobre a prática, costumam contar mentiras ou brincar com a situação, dizendo que não é como as pessoas imaginam. Os praticantes também estão habituados a serem dissimulados, mas, ao mesmo tempo, muito brincalhões. Portanto, se o seu filho estiver a apresentar estes comportamentos, é preciso atenção redobrada.

Eliminação do comportamento nocivo

O praticante do bullying também precisa de apoio, especialmente da família, que será a responsável por identificar o comportamento e ajudá-lo a mudar de conduta. Por exemplo, se ele tem um irmão com o qual vive a lutar, usando uma linguagem violenta, converse com ambos sobre a rivalidade fraterna. Essa pode ser a causa do bullying praticado com terceiros.

Outra questão importante é reavaliar a dinâmica familiar. Como se tratam? A casa é um ambiente harmonioso, em que predomina o diálogo, ou vocês conversam sempre a trocar insultos e palavrões? A conduta dos pais deve ser amorosa e de respeito para que o filho possa reproduzir o bom comportamento.

O diálogo também é muito importante para evitar que a situação se propague. Tenha uma conversa séria e explique que nem tudo é brincadeira, especialmente a partir do momento em que o modo de falar e o que se diz agride, humilha ou insulta o próximo.

Outra dica importante: saiba escutar. Muitas vezes, a própria maneira de falar da criança ou adolescente revela o porquê de determinadas atitudes. Peça-lhe para que se reconcilie com a vítima e o perdoe. Só assim ele terá forças para eliminar o comportamento da sua vida. Se for preciso adoptar medidas mais drásticas, procure apoio psicológico.

A vítima

vítima é a parte que mais sofre nesta história. Por mais que o agressor tenha os seus problemas, quem recebe os insultos ou provocações é que se sente impotente. O pior é quando isso acontece por parte de mais de uma pessoa, e torna a situação ainda mais complexa.

O bullying digital é muito perigoso e pode desencadear insegurança e até doenças futuras como ansiedade e depressão. Portanto, tratar a situação com delicadeza e prestar todo o suporte necessário ao seu filho são atitudes essenciais.

Identificação da vítima de bullying

A criança ou adolescente apresenta alguns comportamentos e sintomas quando sofre bullying. É frequente observar-se um sono agitado, irritabilidade e reclamações como “odeio tal pessoa”, além de atitudes mais retraídas e preferência por se isolar.

Este tipo de indivíduo também evita determinados tipos de situações, especialmente quando os agressores estão presentes, afasta-se dos colegas, chora com mais frequência e apresenta uma tristeza sem motivo aparente. Algo que deve ser observado com atenção pelos pais e responsáveis é o momento em que a criança se sente impelida a tratar do problema, com medo de mais retaliação.

Combate ao problema

O primeiro passo para lidar com uma vítima de bullying digital é conversar sobre o que está a acontecer. Por se tratar de um momento delicado, é importante que os pais mostrem apoio e suporte ao filho, independentemente da situação. Se o problema for na escola, por exemplo, é essencial conversar com a direcção e a coordenação para que uma atitude possa ser tomada.

Aliás, a criança precisa de participar e relatar o que aconteceu para que se sinta mais confortável em se expressar. É importante destacar que tal atitude precisa de ser valorizada, para que ela não seja vista como “coitadinha”.

Se o prazo para a resolução da questão não for respeitado, é importante reunir provas. Vá até uma esquadra e abra a página ou postagem onde está o insulto, para que se torne um documento perante a justiça. Isso deve ser passado aos pais e alunos que incitam a prática, a fim de eliminar a continuidade desse tipo de comportamento.

No entanto, ajudar a vítima a reerguer-se é tão importante como as outras dicas que foram apresentadas. Os pais precisam de estimular o diálogo e a expressão sobre os acontecimentos, além de ajudar a criança ou o jovem a trabalhar a sua autoestima, ensinando que o que o(s) outro(s) diz(em) não pode ter tanto impacto sobre a sua vida.

Em casos mais delicados, a ajuda de um profissional da psicologia será crucial. Neste caso, será ele a ajudar a vítima a expressar-se melhor, a lidar com a situação e também a tornar-se um indivíduo mais confiante, mesmo diante da(s) crítica(s) do(s) outro(s).

O bullying digital é um problema que tem crescido devido ao acesso cada vez mais fácil a canais digitais. Portanto, os pais devem estar atentos aos menores sinais de alteração no comportamento. Independentemente do filho ser o agressor ou a vítima, o apoio familiar será fundamental para exterminar o problema.

Por ser um assunto actual e de extrema importância, o que acha de partilhar este artigo nas suas redes sociais? Assim, mais pessoas poderão aprender a lidar melhor com a situação!

Sobre a Happy Code

A Happy Code é uma escola de programação, tendo como missão formar pensadores e criadores do século XXI. Com uma metodologia de ensino baseada no conceito STEAM (“Science, Technology, Engineering, Arts and Math”), os cursos leccionados incidem sobre a programação de computadores, desenvolvimento de jogos e aplicações, robótica com drones, bem como produção e edição de vídeos para o YouTube.

Tendo como premissa de actuação os valores da responsabilidade, da confiança, da inovação e da consciência social, a Happy Code lecciona os seus cursos em centros próprios ou em escolas, empresas, municípios, projectos sociais, centros de estudo, ATLs, entre outros, estando já presente em várias zonas de Portugal.