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O que é o design thinking e como é usado na educação infantil

Sabem o que é design thinking? Muito utilizada para identificar problemas e aperfeiçoar processos no mundo empresarial, esta abordagem tem-se mostrado cada vez mais útil, também, na hora de educar.

A proposta desta metodologia é permitir que a aprendizagem ocorra de uma maneira simples mas, ao mesmo tempo, de forma dinâmica e inovadora. Assim, a criança torna-se parte activa na construção do conhecimento e não apenas uma simples receptora das informações. Neste post vamos falar mais sobre este tema.

O que é design thinking?

O design thinking é um conceito da área do design que pode ser aproveitado em muitas outras áreas. A iniciativa gera soluções criativas para os obstáculos, através de técnicas antropológicas baseadas no comportamento humano.

Trata-se de uma estratégia que organiza as ideias para encontrar soluções práticas. Além disso, na educação, o seu uso está relacionado com a centralização da criança ou do adolescente no trabalho colaborativo e no desenvolvimento da empatia.

Desta forma, pode-se dizer que o design thinking também é uma forma de transmissão e assimilação de determinado conteúdo. Para tal, são usados elementos visuais que, literalmente, ilustram a ideia para a criança, como organogramas, fluxos, títulos, símbolos, cores, entre outros.

A disposição e ênfase hierárquica desses desenhos e de outros elementos visuais ajudam a contar e a interpretar uma história mais rapidamente, de uma forma leve e divertida. Por isso o design thinking é uma ferramenta de auxílio que simplifica o processo de resolução de problemas.

Quais são os seus fundamentos?

É importante entender que o design thinking está longe de ser uma fórmula mágica, uma vez que a técnica pode ser aplicada de várias maneiras, com foco em diferentes questões. No entanto, é possível seguir as suas etapas para reconhecer os pontos que devem ser melhorados. Veja a seguir os fundamentos dessa abordagem!

Descoberta

O primeiro passo é a definição de um desafio que precisa de ser resolvido. Esse ainda não é o momento de procurar soluções, mas de ter uma visão geral de tudo o que precisa de ser melhorado. Para isso, é preciso ouvir e observar as pessoas envolvidas, compreendendo as suas dores. Ou seja, essa etapa envolve o desenvolvimento da empatia e a aprendizagem.

Interpretação

A segunda etapa do design thinking é interpretar aquilo que foi aprendido no nível anterior. Para a sala de aula, por exemplo, é um bom momento para professor e alunos partilharem as suas anotações, experiências e impressões sobre o caso.

É fundamental criar um ambiente de colaboração e de pertença, para não ocultar os detalhes e as percepções de cada indivíduo que está envolvido. Afinal, essas informações podem-se transformar em múltiplos insights para as próximas fases da abordagem.

Idealização

Depois de entender o que precisa de ser melhorado e de estudar os principais pontos de vista, chegou o momento de ver as oportunidades. No entanto, boas soluções requerem muitas ideias — por isso uma possibilidade é utilizar o método de brainstorm, isto é, criar uma tempestade de ideias com as pessoas envolvidas.

Na Idealização, o objectivo não é julgar a qualidade das sugestões. Aqui, o importante mesmo é explorar a potencialidade criativa e juntar uma grande quantidade de opiniões — quanto mais, melhor. Logo, nada pode ser desconsiderado.

Experimentação

É no quarto passo que todas as ideias, mirabolantes ou não, ganham vida. Na experimentação ocorre uma validação de tudo o que já foi debatido. Depois de seleccionar as melhores opções de solução, chegou o momento de as testar, criando protótipos, se for o caso, com o objectivo de tornar as ideias tangíveis.

Além do mais, é importante estar disposto a ouvir mais do que a falar, pois é nessa fase do design thinking que surgem pontos de vista bastante relevantes e que são capazes de complementar e de refinar as suas melhores ideias.

Evolução

O último passo do design thinking é sobre desenvolver o trabalho e aperfeiçoar o resultado. Em face disso, é essencial ter em mente que essa é uma fase contínua, pois a evolução é constante, assim como a aprendizagem.

A dica aqui é avaliar, regularmente, as soluções concebidas e propor sempre melhorias. Dessa forma, a criança é afastada da sua zona conforto e incentivada a superar-se, procurando novas alternativas para lidar com uma determinada situação.

Como o design thinking se aplica à educação infantil?

Muitas pessoas são levadas a acreditar que a inovação na educação infantil é um processo caro. Por isso desanimam e deixam de investir o mínimo para tornar a aprendizagem em algo mais atractivo para as crianças.

Mas há que lembrar que o mundo está a mudar constantemente. Como podemos exigir que os profissionais do futuro tenham as competências necessárias para responder aos requisitos de um mercado tão exigente, sendo que esses indivíduos nunca foram educados, em idade escolar, para a inovação?

O design thinking é a prova de que tendo em mãos apenas alguns materiais de papelaria e uma boa dose de criatividade é possível realizar um trabalho incrível com poucos recursos. Além disso, é interessante mencionar que a actividade é uma excelente oportunidade de estreitar vínculos e estimular a proactividade.

A metodologia pode ser usada de forma a transformar um conceito em algo mais atraente e interactivo para as crianças. Pode, inclusivamente, ser desenvolvida pelas próprias crianças, em grupos, durante alguma actividade.

Mas, na prática, como é que o design thinking é aplicado na educação infantil? Não há uma receita pronta. Existem muitas maneiras de o fazer, porque cada vivência que essa iniciativa promove é diferenciada. Para organizar as ideias durante o processo, alguns exemplos do que pode ser feito são:

  • formar listas;
  • usar post-its;
  • colar fotos;
  • desenhar setas, balões e outros elementos;
  • utilizar aplicações de telemóvel;
  • fazer colagens.

Nas escolas, o design thinking tem sido utilizado na elaboração de ideias inclusivas. A proposta é levar as partes interessadas a colaborarem para que todos juntos possam pensar num modelo de escola que seja ideal para o aluno. Afinal, uma criança que estuda num ambiente que utiliza ferramentas de pensamento visual tem mais facilidade e autonomia para se organizar e aprender.

Agora já sabe o que é design thinking: uma experiência rica que contribui para o desenvolvimento de competências essenciais para o século XXI, como o pensamento crítico, a capacidade de trabalhar em equipa e a empatia.

Sobre a Happy Code

A Happy Code é uma escola de programação, tendo como missão formar pensadores e criadores do século XXI. Com uma metodologia de ensino baseada no conceito STEAM (“Science, Technology, Engineering, Arts and Math”), os cursos leccionados incidem sobre a programação de computadores, desenvolvimento de jogos e aplicações, robótica com drones, bem como produção e edição de vídeos para o YouTube.

Tendo como premissa de actuação os valores da responsabilidade, da confiança, da inovação e da consciência social, a Happy Code lecciona os seus cursos em centros próprios ou em escolas, empresas, municípios, projectos sociais, centros de estudo, ATLs, entre outros, estando já presente em várias zonas de Portugal.

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