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O que são metodologias ativas e como influenciam o ensino

Ainda é muito comum, dentro da maioria das escolas, que os educadores recorram ao modelo tradicional de ensino, aquele em que os estudantes são agentes passivos na sala de aula e adquirem conhecimento ao ouvirem o que o professor tem para transmitir. Para que o aluno seja o agente de construção do conhecimento, é preciso recorrer às chamadas metodologias ativas, práticas inovadoras cada vez mais valorizadas e estimuladas no meio educativo.

Na sua escola as metodologias ativas são uma realidade? Ou este tema é novidade para si? Conhecer formas de tornar os alunos protagonistas da aprendizagem é importantíssimo para que melhorem o seu desempenho escolar e a sua relação com os professores. Além disso, estas práticas posicionam a escola como uma instituição de valor na vida das crianças e dos jovens.

A melhor forma de compreender o que são metodologias ativas, quais são os seus fundamentos e as suas vantagens, para que servem e como revolucionam a educação é conhecer exemplos destas práticas. Conheça, a seguir, informações essenciais sobre algumas delas.

Metodologia de projetos

A metodologia de projetos, também conhecida como aprendizagem baseada em projetos, é desenvolvida através de trabalhos que partem da teoria para a prática (ou até mesmo ao contrário), para que os alunos compreendam melhor os conceitos abordados durante as aulas. Os projetos são geralmente em pequenos grupos ou envolvem a sala toda (podem até envolver turmas diferentes).

Existem algumas escolas em que a aprendizagem está completamente baseada na metodologia de projetos. Ou seja, os alunos decidem os temas que querem aprender e de que modo, enquanto os professores fazem a mediação e orientam este processo até que esteja consolidado e possam partir para outro tema.

Mas os projetos também podem ser excelentes formas de complementar aulas expositivas. Isso significa que não precisam de estar sempre presentes nas aulas, podem ser feitos com uma periodicidade determinada (a cada dois meses ou cada trimestre, por exemplo). Para isso, o professor pode estimular a turma a escolher, entre os temas estudados, aqueles que queriam explorar aprofundadamente.

Sala de aula invertida

A sala de aula invertida tem vindo a ganhar muitos adeptos e funciona principalmente com alunos de Ensino Secundário, porque são mais independentes.

Essencialmente, trata-se de inverter a lógica comum: em vez de o professor apresentar o conteúdo e depois propor atividades, o que ele faz é pedir aos estudantes que investiguem por conta própria um determinado tema para, na sala, apresentarem o que descobriram, confirmarem os resultados a que chegaram e expandirem o conhecimento com a ajuda do professor e dos colegas.

Esta metodologia otimiza o tempo de troca entre alunos e professores na sala de aula, uma vez que o professor não precisa de gastar tanto tempo com a exposição dos temas.

É uma excelente opção para aquelas disciplinas que costumam ter poucas horas no plano curricular, como línguas estrangeiras ou ciências sociais (Filosofia ou Sociologia). Uma vez que os alunos já têm algum conhecimento sobre o tema, pode seguir para as atividades mais práticas a respeito do que está a ser estudado.

Trabalhos em dupla ou equipa

O trabalho em dupla ou em equipa é uma das metodologias ativas mais comuns e faz parte da rotina de praticamente todas as escolas. Por isso, não há muitos segredos em relação à sua forma de funcionamento ou sobre as suas vantagens.

De qualquer forma, vale a pena relembrar que atividades em pares ou em grupos estimulam competências socioemocionais importantes, como a colaboração, a procura por soluções de forma democrática e a disposição em ouvir diferentes ideias e opiniões.

Usar esta metodologia pode ser uma boa forma de otimizar a distribuição do conteúdo a ser estudado. Em disciplinas mais densas, como Português ou História, os professores podem pedir que diferentes grupos pesquisem diferentes temas.

Assim, em vez de ter que abordar cada tópico com a turma, é possível desenvolver simultaneamente temas distintos que depois serão partilhados entre todos.

Exposições

As exposições são uma forma viável de partilhar entre a turma, para outras turmas e até mesmo para toda a comunidade escolar, os trabalhos, projetos ou pesquisas feitas pelos alunos, sejam individuais ou em grupo.

Tradicionalmente, é uma prática comum em muitas escolas organizar este tipo de eventos, como feiras de ciências, saraus, feiras de artes, apresentações culturais, etc. Seguir com estas práticas é altamente recomendado, mas deve ter o cuidado de verificar se, durante essas exposições, os alunos estão a ter a oportunidade de falar sobre o que produziram. Segundo a Pirâmide da Aprendizagem elaborada pelo NTL Institute, dos EUA, uma das formas mais eficientes de aprendermos é ensinando aos outros. Assim, proporcionar aos estudantes a oportunidade de falarem sobre os projetos que desenvolveram é uma contribuição importantíssima para a consolidação dos conhecimentos que adquiriram.

Estudos de caso

Outra metodologia ativa eficiente para melhorar o processo de ensino/aprendizagem são os estudos de caso. Assim como se faz dentro de empresas, o professor pode apresentar problemas reais aos estudantes e pedir que reflitam e encontrem soluções.

Depois, chega a altura de contar como o problema foi, de facto, resolvido e de pedir que consolidem de algum modo (pode ser por exposição oral ou através de um texto, por exemplo) o que aprenderam com o caso apresentado.

O estudo de caso costuma ser muito atrativo, captando a atenção dos estudantes por se tratar de situações reais. É uma forma de perceberem como os conhecimentos adquiridos na escola servirão para ajudá-los a tomar decisões e enfrentar a vida fora da sala de aula.

Mapas mentais

Por fim, apresentamos a prática dos mapas mentais. Este tipo de atividade tem a vantagem de se adaptar a qualquer contexto e de poder ser feita em poucos minutos. Estimular a construção de mapas mentais é uma forma de acabar com a monotonia das aulas expositivas.

O professor pode pedir que os alunos construam os mapas tanto antes de iniciar novos assuntos (para explicitar as suas expetativas ou conhecimentos prévios, por exemplo), como depois de finalizar um assunto (como forma de sintetizar o que foi referido e criar um material de consulta mais dinâmico).

Os mapas mentais podem ser construídos na sala de aula, individualmente ou em pares. A tecnologia pode ser um elemento a favor desta atividade, visto que existem diversas aplicações para a elaboração deste tipo de exercício. Para a geração de nativos digitais, poder utilizar ferramentas tecnológicas durante a aula será um ponto positivo a favor do professor e da escola.