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Segurança na Internet: de que forma a escola pode ajudar os alunos?

De acordo com um estudo revelado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) em 2018, com base no ano anterior, há uma estimativa de que 85% da população entre 9 e 17 anos utiliza a web. Mas como lidam eles com a segurança na Internet?

O crescimento da utilização da Internet é real e tem se tornado um sério problema em muitas escolas, por causa de alunos que demonstram falta de interesse nas aulas, dificuldades de aprendizagem e comportamento agressivo em muitos casos. Nestas situações fica a pergunta: qual é o papel da escola ao tratar este tema? Para esclarecer as suas dúvidas e deixar os alunos envolvidos com a aprendizagem, apresentamos algumas soluções que podem fazer a diferença. Boa leitura!

Formar os professores

Sem dúvida, o primeiro passo para conversar abertamente sobre questões de segurança com os alunos é preparar os professores para isso, porque quando se trata de lidar com as novas gerações, é preciso ter uma boa preparação. Os educadores do século XXI devem compreender que a Internet não pode ser encarada como inimiga, mas sim como uma aliada que, se for bem utilizada, pode gerar bons insights no planeamento escolar.

Ao avaliar possíveis profissionais que integrarão a sua instituição de ensino, repare se eles dispõem da capacidade de compreender as dificuldades apresentadas na sala de aula, se o método de aprendizagem condiz com a proposta da escola, se estão alinhados com as novas tecnologias, etc. Formar de acordo com as novas exigências das escolas é crucial para estabelecer uma boa conexão entre os professores e os alunos.

Alertar sobre a exposição de dados

Com o grande número de redes sociais e as suas diversas ferramentas de comunicação, tem se tornado comum a exposição massiva de dados, o que pode representar uma situação complicadíssima na infância e na juventude. Existem

diversas pessoas na web que esperam pequenas brechas para efetuar golpes, por isso é muito importante a orientação sobre as informações partilhadas.

Fotografias, vídeos, memes, gifs e os restantes recursos orientam a comunicação dos jovens na Internet, no entanto, vale a pena explicar-lhes que nem tudo pode ser divulgado. Os professores e gestores escolares devem informar que dados pessoais, informações sobre a família, ostentação de bens e outros pontos não podem circular livremente nas redes, porque isso pode representar uma ameaça à integridade do aluno.

Falar sobre os perigos do cyberbullying Uma das principais preocupações no que se refere ao ensino para a nova geração é a forma com que ela comunica na Internet, porque em muitas situações parece que os jovens assumem a web como uma grande terra sem lei, mas não é bem assim. A forma como interagem nas redes pode causar situações muito complicadas, principalmente quando o assunto extrapola a questão ética.

É muito importante que haja debates, palestras, conversas amigáveis sobre os perigos do cyberbullying, explicando que uma brincadeira de mau gosto pode tomar proporções inimagináveis e tornar-se viral. O respeito pelo próximo deve prevalecer em todos os contactos e a cultura de paz na Internet tem de ser prioridade para evitar casos de preconceito e manifestação de ódio.

Orientar os alunos sobre os métodos de pesquisa

No passado, grande parte dos trabalhos e projetos tinham como referência livros conceituados, sendo que os alunos tinham de ir às bibliotecas para fazerem as suas pesquisas, não é verdade? Entretanto, com a transformação digital na educação e formas facilitadas de obter qualquer informação nos motores de busca, a preocupação com a veracidade dos dados apresentados tornou-se muito clara.

Para que os alunos saibam identificar os websites fiáveis, a missão é explicar a necessidade de conferir as fontes para não cair no perigo de transmitir algo falso. As famosas fake news podem aparecer em aplicações de mensagens e diversos websites, portanto, vale a pena a orientação para identificar algo suspeito no link da notícia, possíveis erros gramaticais, manchetes sensacionalistas e assim por diante.

Dar dicas de segurança na web

Por mais que os jovens aparentem ter o pleno domínio do que estão a fazer na Internet, nem todos conhecem de facto os recursos de segurança na web, e isso pode gerar grandes preocupações. É essencial alertá-los em relação aos procedimentos básicos de segurança para que eles possam aproveitar sem correr riscos.

As senhas consideradas seguras costumam ter a junção de letras, números e carateres, os websites de compra têm de ter selos de proteção e o início do endereço deve ser “https://”. Estes são alguns aspetos relevantes que os jovens devem saber. Além disso, a utilização de antivírus, até nos smartphones e tablets, também é uma medida essencial para proteger os dados e evitar ataques cibernéticos.

Integrar os esforços entre escola e família

É evidente que a responsabilidade pela educação das crianças e dos adolescentes não deve ser restrita à instituição de ensino, mas sim um complemento da base oferecida pela família, independentemente de quem se responsabilize pelo jovem. Por mais que os professores se empenhem para contribuir com a evolução intelectual e moral dos alunos, os preceitos de cordialidade e empatia devem vir de casa.

Com o objetivo de esclarecer o que pode ou não ser feito na Internet, a integração entre escola e família torna-se num plano de ação estratégico que pode render excelentes frutos na comunicação escolar. Os familiares têm de conversar sobre determinados limites, tais como o tipo de website acedido, o conteúdo partilhado e os restantes assuntos que podem prejudicar o desempenho e o interesse dos jovens pelas aulas.

Propor atividades multidisciplinares

A tecnologia bem utilizada torna-se numa grande aliada dos educadores na sala de aula, principalmente se eles demonstrarem ter domínio das tendências e saberem lidar com as questões dos alunos. Para fazer com que os jovens deixem um pouco de lado as redes sociais e as mensagens para os amigos, nada como utilizar a própria Internet nas aulas.

Propor atividades que tenham como pano de fundo os recursos tecnológicos é uma excelente tática para envolver os jovens, sendo que alguns métodos podem facilitar esse caminho. A metodologia STEM, por exemplo, que se baseia na junção de quatro áreas do conhecimento à volta da solução de problemas e da divulgação de ideias inovadoras, permite uma maior interação entre os alunos e torna a aula muito mais agradável.

Para concluirmos, compreenda que há várias formas de resolver o assunto da segurança na Internet, mas o que não pode faltar é o diálogo direto com os jovens, através de conversas que possam reforçar a importância da tecnologia na sociedade, desde que seja utilizada com consciência.