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Ensino de Física: saiba como a robótica pode ajudar

Para muitos alunos, as disciplinas da área das Ciências Exatas são um verdadeiro terror. Basta ouvirem falar em ensino de Física, Matemática ou Química para que os estudantes mudem de expressão facial quase instantaneamente. O que fazer, então, para diminuir a resistência da turma em relação a estas áreas?

O ensino de Física, tema deste artigo, deve ser sempre acompanhado de abordagens que estimulem o interesse dos alunos pelo tema de modo natural. Assim sendo, a sala de aula tradicional não é, muitas vezes, um bom ambiente para trabalhar dessa forma. O que acha, então, de utilizarmos a tecnologia na educação? Neste artigo, veremos como funciona a relação entre o ensino da robótica e as aulas de Física, e como este tipo de abordagem pode revolucionar a aprendizagem dessa e de outras disciplinas que envolvam números, cálculos e algumas equações. Boa leitura!

Por que razão os alunos temem as aulas de Física?

Como referimos no início do artigo, boa parte dos estudantes demonstra uma grande resistência face às aulas de Física e de outras disciplinas das Ciências Exatas. Este comportamento pode ser explicado por uma série de fatores, mas os principais são os seguintes:

· Reprodução involuntária de ideias de outras pessoas.

· Falta de criatividade na altura de dar as aulas sobre esses conteúdos. · Abordagens ineficazes para todos os tipos de inteligência dos estudantes.

· Pouca explicação prática da importância da Física no dia-a-dia.

O primeiro tópico diz respeito ao facto de que as crianças são condicionadas, desde praticamente o nascimento, a ver essas áreas de forma negativa. Nos média, na família e em todos os lugares, é muito comum ouvirem que essas disciplinas são muito complicadas, difíceis, entre outros adjetivos pejorativos.

A seguir, explicaremos melhor sobre os três últimos tópicos, explicando-os de forma mais aprofundada.

De que forma o ensino tradicional contribui para esse quadro?

O primeiro ponto é o “mais do mesmo” nas aulas. Isto não é, de modo algum, uma culpa dos professores, mas sim de uma desfasagem no ensino como um todo. Aulas muito formalistas e com o molde “teoria e exercícios” não são um tipo de aula que chama a atenção do aluno ou que demonstra, para ele, toda a importância da matéria para o quotidiano.

Outra questão está na falta de abrangência para os diversos tipos de inteligência. Embora esse tipo de ensino funcione para algumas pessoas, outras aprenderão muito mais observando as coisas por outro ponto de vista, como na construção de objetos, resolução de problemas do dia-a-dia, etc. O respeito pelos diversos tipos de inteligência é algo, muitas vezes, ausente no ensino tradicional.

Por fim, outro dos principais problemas nas salas de aula tradicionais pode ser visto no modo como a Física é abordada. Que professor nunca ouviu, durante uma aula, a seguinte frase: “em que vou usar isso na minha vida?” Esta é uma questão muito válida e que, infelizmente, nunca é prontamente respondida pelos docentes.

A estrutura tradicional de aulas foca apenas na construção de conhecimento para uma perspetiva mais profissional. Contudo, tanto a Física como as restantes disciplinas têm uma enorme importância no papel de formação do caráter do cidadão e no desenvolvimento de competências do estudante. Por isso, valorizar este aspeto e mostrar aos alunos as aplicações práticas desta matéria é um aspeto fundamental.

Quais são os benefícios da robótica para o ensino de Física?

Agora, o que acha de conversarmos sobre alguns dos benefícios da robótica para as aulas de Física e, claro, para a aprendizagem do aluno? Estas vantagens vão

muito além do conceito de ludicidade na educação que, embora seja muito importante, não justifica (quando sozinho) o uso deste tipo de ferramenta no ensino. As aulas de robótica, quando aplicadas dentro da metodologia STEAM (Ciências, Tecnologias, Engenharia, Arte e Matemática), trazem uma abordagem muito diferenciada para a Física. Aqui, o aluno verá alguns problemas do dia-a-dia serem resolvidos de forma objetiva e interessante. Assim, a sua criatividade será estimulada e a curiosidade incentivada.

Outras competências geralmente trabalhadas com a ajuda da robótica são a capacidade de analisar problemas, encontrar a resolução destes e, claro, de realizar um planeamento objetivo, além da organização, disciplina, resiliência, empatia e a comunicação.

Além disso, esta é uma ótima oportunidade para o estudante ver as aplicações práticas daquela disciplina no dia-a-dia, o que despertará ainda mais o seu interesse pela aprendizagem. Isto também possibilita uma melhor interação do professor com a turma, tornando o ensino mais dinâmico e facilmente percetível pelos alunos.

Quais são os ganhos desta estratégia para a escola?

Uma instituição de ensino pode ganhar em vários sentidos ao investir neste tipo de metodologia. Os ganhos, aqui, vão muito além do lucro, ainda que este possa ser facilmente melhorado com inovações e fatores diferenciadores obtidos com estas estratégias.

O principal ganho, independentemente de a instituição ser pública ou privada, é o melhor desenvolvimento cognitivo e social de todos os estudantes, além da redução de problemas como o abandono escolar, algo que é, infelizmente, muito presente nas escolas de todo o país.

Com as metodologias ativas de aprendizagem, os alunos sentem-se mais envolvidos e motivados a estudar e passam, inclusive, a participar mais nas aulas, transformando esse ambiente e deixando-o muito mais interativo.

Para implementar este tipo de estratégia, a escola tem, em primeiro lugar, de investir numa boa qualificação dos seus docentes, ao procurar profissionais atualizados e com vontade de aprender. É preciso, também, fazer com que a equipa compreenda a essência dessas mudanças e o papel do professor nesse novo contexto, atuando como guia e caminhando lado a lado com a turma.

Depois, é fundamental que a escola procure o auxílio profissional de quem realmente sabe do assunto e possa, assim, fornecer a formação necessária para que toda a equipa se atualize e esteja apta a lecionar nesses novos moldes.

Agora que já sabe a importância do uso da tecnologia (e, claro, das aulas de robótica) no ensino de Física, não perca tempo: considere fazer pequenas modificações na metodologia da sua escola. Todos os envolvidos, desde a própria instituição até aos alunos, só têm a ganhar com este tipo de atitude!