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O professor do futuro: conheça as 10 competências fundamentais

É inegável que o comportamento dos alunos no ambiente escolar mudou. Além disso, a tecnologia trouxe novas possibilidades de trabalhar o conteúdo na sala de aula. E esta novidade apresenta uma questão importante: quais são as competências essenciais para o professor do futuro? A pergunta é um dos desafios da gestão escolar, que procura compreender de que forma o profissional pode responder às exigências da instituição, envolvendo os alunos, aumentando o potencial de matrículas e, naturalmente, trazendo um bom retorno sobre o investimento aplicado.

Pensando nisto, apresentamos uma lista com as 10 competências fundamentais dos professores do futuro, exemplificando de que forma são importantes para a instituição de ensino. Boa leitura!

1. Procure a melhoria constante Sabendo que as instituições de ensino têm de estar preparadas para as competências do Currículo Nacional, é evidente que tem de identificar perfis que compreendam estas questões. Um profissional qualificado para lidar com as novas gerações deve desenvolver-se constantemente, procurando alternativas para melhorar os seus métodos de ensino.

Torna-se indispensável que os professores dos próximos anos procurem especializações na carreira, tenham o domínio de duas ou três línguas — entre elas, a língua gestual — e saibam lidar com as novidades da educação. Compreenda que quanto maior for a gama de conhecimento e experiência dos professores, mais fácil será a condução da aula no dia-a-dia.

Este profissional deve também desenvolver outras competências necessárias na rotina de um professor dos novos tempos. Uma delas é a flexibilidade. Afinal, o educador tem de aprender a mudar e a desempenhar diferentes papéis neste novo ambiente educacional.

Outra melhoria necessária é abandonar a imagem de professor autoritário para se transformar num líder multifacetado que conquista a confiança dos seus alunos

com respeito. Os professores do futuro têm de compreender também que são parte de uma equipa e que, por isso, devem unir forças com os gestores para procurar as melhores soluções.

2. Tenha uma boa comunicação Estabelecer uma boa comunicação escolar com a direção, os pais, os alunos e a sociedade é um dos papéis fundamentais de um professor qualificado. Portanto, é preciso saber transmitir as informações de forma objetiva e com o propósito de evitar ruídos na comunicação oral, escrita e não-verbal.

Esta competência imprescindível a qualquer profissional tem um grande impacto no processo de ensino. Por exemplo, já ouviu falar da “maldição do conhecimento”? De forma resumida, ocorre quando pessoas altamente educadas e competentes têm dificuldade em transmitir as informações.

Ou seja, quanto maior o conhecimento sobre um determinado assunto, mais difícil pode ser a capacidade de se expressar claramente sobre ele. Não é por acaso que essa “maldição” é muito comum entre professores ou profissionais especializados que têm de se esforçar muito para comunicar de forma clara.

Na altura de encontrar o educador ideal para a sua instituição de ensino, fique atento ao currículo do profissional, mas certifique-se também de conhecer o trabalho do professor dentro da sala de aula, interagindo com os alunos.

3. Pratique a escuta ativa

Saber ouvir também diz respeito a uma boa comunicação, mas esta competência ganha destaque, porque pode trazer mudanças positivas bastante significativas na relação aluno/professor no futuro.

A escuta ativa é uma técnica que propõe ouvir o outro com o máximo de atenção. Por isso, é necessário desprender-se de julgamentos e pensamentos. Por

consequência, a mensagem é compreendida e interpretada a partir de uma perspetiva mais empática.

Esta comunicação aparentemente simples traz muitas vantagens quando adotada na escola. Permite o reforço do vínculo entre professor e aluno, estimula a expressão dos estudante, ajuda a ensinar a escuta ativa, evita a construção de julgamentos e discriminações na escola.

Além de colaborar para a construção de um espaço afetivo e cordial dentro da escola, a escuta ativa também favorece os processos de aprendizagem.

4. Desenvolva as competências socioemocionais O ambiente escolar reúne inúmeras situações que interferem na gestão pedagógica. Mas existem desafios que se relacionam com as emoções dos profissionais de educação, tais como o desinteresse dos alunos, casos de bullying e outros aspetos que influenciam a dinâmica da aula.

O professor do futuro é capaz de desenvolver as suas competências socioemocionais. Ele trabalha o autoconhecimento, a boa gestão das emoções, olha para o outro com empatia e colabora para a diversidade e promoção da acessibilidade na escola.

5. Esteja atento às colaborações de outras áreas do conhecimento Um dos pontos que os pais valorizam na escola é a inovação. Assim, o professor do futuro não fica restrito às novidades do ambiente educacional. Ele procura noutras áreas do conhecimento informações que colaboram para a construção de um processo de aprendizagem inovador cada vez mais em consonância com a realidade dos alunos.

A neurociência, por exemplo, tem contribuído significativamente para o desenvolvimento de novas metodologias de ensino baseadas no funcionamento cerebral dos estudantes. Segundo a neurociência, existem 5 fundamentos neurobiológicos relacionados com a aprendizagem e um deles é a emoção.

Segundo os especialistas, aprendemos aquilo que nos emociona. Se as competências socioemocionais são úteis para melhorar o relacionamento na escola, a emoção na aprendizagem pode ser ativada através da motivação dos alunos.

Estratégias pedagógicas emocionantes têm influência na memória e também no comportamento dos estudantes. Para despertar a motivação e, consequentemente, conquistar a emoção e a atenção, o profissional do futuro propõe aulas com desafios, oportunidades de participação, metas e muita criatividade para encontrar novas soluções para antigos problemas.

6. Aprenda a lidar com a tecnologia

A omnipresença da tecnologia exige que o professor do futuro esteja preparado para lidar com ela dentro e fora da sala de aula. E as escolas estão a investir muito em novas tecnologias, porque sabem que é uma forma eficiente de atrair a atenção dos alunos e tornar o ritmo das aulas mais agradável, a fim de proporcionar um ensino de excelência com a otimização de tempo e recursos. Para se ter uma ideia, quando se pensa nas tendências da educação, nunca podemos desconsiderar o crescimento exponencial da gamificação e como tem influenciado o ensino da geração Millennial. Inserir a linguagem de programação na sala de aula, por exemplo, permite que os alunos desenvolvam o lado cognitivo e socioemocional, com o objetivo de resolver problemas de forma mais eficiente.

7. Seja um curador de conteúdo

As tecnologias criam e inovam o processo de aprendizagem, mas isso é possível quando a proposta pedagógica, a linguagem e o formato do conteúdo permitem o uso da tecnologia na sala de aula.

Tendo como base o uso destas tecnologias e conhecendo o grande potencial da Internet, os professores devem agir como curadores em vez de apenas profissionais de ensino, ou seja, têm de ter a aptidão de criar, supervisionar, executar e rever o material entregue aos alunos. É interessante proporcionar não só uma aula, mas uma experiência de aprendizagem em que todos fiquem a ganhar.

Essencialmente, para colocar a curadoria de conteúdo em prática, é necessário procurar o que pode ser relevante em determinada matéria, organizar os arquivos e contextualizar tudo na aula.

É possível pensar na apresentação dos conteúdos de algumas matérias através de vídeos educacionais e podcasts. O importante é combinar as estratégias de ensino com uma linguagem mais próxima dos estudantes. O curriculum as a service é um recurso que pode ajudar neste trabalho.

8. Trabalhe o pensamento crítico dos alunos

O professor do futuro deve ter em mente que muito mais do que passar o conteúdo presente no plano curricular, é preciso contribuir positivamente com a forma de pensar dos alunos. Com isso, estimular o raciocínio lógico e desenvolver a análise crítica faz com que as crianças e os adolescentes saibam lidar melhor com as diversas situações do quotidiano.

A disrupção no ensino acontece de facto quando surge uma nova forma de raciocínio e uma quebra dos paradigmas da forma tradicional de trabalhar na sala de aula. Para que tenha noção da importância disto, a metodologia STEM é uma das formas de trabalhar o pensamento crítico dos alunos, porque consiste na

multidisciplinaridade de matérias, com o objetivo de aplicar os conhecimentos adquiridos em várias áreas da vida.

9. Faça uso das metodologias ativas de ensino O planeamento escolar do professor do futuro não será possível sem a inclusão das metodologias ativas de ensino. Estas metodologias vieram para atribuir aos alunos o papel de protagonistas ativos na construção do conhecimento. Com isso, espera-se que eles consigam aprender de forma participativa, autónoma e personalizada.

Este tipo de ensino personalizado não significa um caminho desenvolvido para cada aluno. A ideia é que, juntos, alunos e professores possam construir caminhos personalizados de aprendizagem.

E novamente a tecnologia vem desempenhar um importante papel neste processo, promovendo a união entre os mundos real e virtual, aumentando as possibilidades da sala de aula. Além da gamificação, já apresentada anteriormente, alguns exemplos de metodologias ativas são: a aprendizagem por pares (peer instruction), a aprendizagem baseada em problemas (problem based learning) e a sala de aula invertida (flipped classroom).

10. Estimule o empreendedorismo

A promoção da autogestão de aprendizagem das metodologias ativas pode ser o caminho para o professor do futuro desenvolver também a educação empreendedora.

Ao estimular atividades que sejam comuns à vida dos empreendedores de sucesso, os educadores constroem uma aula dinâmica, colaborativa e inovadora, com os requisitos básicos para que os alunos possam ter um bom desempenho na carreira. Propor este diálogo no ambiente escolar ajuda as crianças e os adolescentes a terem visão de futuro, a serem flexíveis e a lidarem com os desafios com mais facilidade.

Neste artigo ficou a conhecer as 10 competências fundamentais do professor do futuro. São competências que promovem uma melhor relação entre o educador e os estudantes sem abdicar da preocupação com a qualidade do ensino e a realidade das novas tecnologias e do mercado de trabalho. Com este tipo de profissionais, a sua instituição de ensino só ficará a ganhar.