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Acessibilidade na escola: saiba como a tecnologia pode ajudar

De acordo com os últimos censos do IBGE, 7,5% da população que apresenta deficiências está entre 0 e 14 anos, um dado que só reforça a importância dos gestores implementarem de facto a acessibilidade na escola.

Independentemente se a deficiência é visual, auditiva, física, mental ou múltipla, temos de estar atentos no que há de mais moderno para ajudar essas crianças e adolescentes e fazer com que eles se sintam parte do grupo. Uma boa solução é investir em inovações, porque ajudam a contornar os desafios diários, complementam as práticas tradicionais e melhoram as formas de comunicação.

Neste artigo, apresentaremos alguns dos principais recursos tecnológicos que todas as instituições de ensino deveriam ter. Acompanhe a leitura e fique a conhecer!

Livros em áudio

A utilização de livros infantis e didáticos é um recurso pedagógico recorrente nas salas de aula, porque permite dar asas à imaginação, aprender lições do quotidiano, desenvolver a habilidade de contar histórias, entre outros aspetos. No entanto, pensando num ensino inclusivo, os livros têm de estar de acordo com a integração de alunos com algum tipo de deficiência.

A melhor alternativa nestes casos, principalmente para crianças e adolescentes que apresentam deficiência visual, é o audiobook. Com ele, é possível acompanhar as descrições das imagens e enredos através de áudio. Ter estas histórias gravadas faz com que os alunos se sintam mais envolvidos e possam acompanhar melhor a dinâmica das aulas.

Aplicações e softwares O ensino do século XXI está recheado de opções muito interessantes para promover a acessibilidade na escola, no entanto, vale a pena introduzir aplicações e softwares especializados para facilitar o dia-a-dia dos jovens com deficiência.

Existem programas, por exemplo, capazes de sintetizar a voz, tal como o Liane TTS, e, assim, estabelecer uma comunicação mais ágil para que o conteúdo da aula seja aproveitado.

Outros softwares, como o DosVox, Virtual Vision e Jaws, fazem com que deficientes visuais possam ter um nível aceitável de independência e consigam acompanhar o ritmo dos restantes alunos. Com estes programas, é possível desempenhar inúmeras tarefas, reconhecer textos do pacote Office e também traduzir línguas.

No caso de alunos com síndrome de Down, o software Jeripe é uma ótima opção, porque funciona como um jogo para estimular o raciocínio, construir noções de lógica e contribuir para a inclusão. Para os jovens com dificuldades auditivas, existe o Dicionário de Língua Gestual Portuguesa da Infopédia, um dicionário online com recurso a vídeo para várias palavras.

Equipamentos adaptáveis

É evidente que a acessibilidade na escola passa também pela adaptação de equipamentos, para deixar a tecnologia cada vez mais inclusiva e fazer com que os estudantes possam aprender ao seu próprio ritmo, mas sem se perder dos restantes. Por isso, vale a pena utilizar teclados alternativos que otimizem as tarefas dos alunos, algo que é ideal para pessoas com problemas em digitar.

Quem tem deficiência física ou mobilidade reduzida deve ter acesso a dispositivos ou adaptações para tornar a experiência de aprendizagem nos computadores mais simples. Para trazer mais interatividade, pode colocar uma mesa digital na sala, porque tem uma caraterística multidisciplinar com jogos e aplicações acionadas pelo toque.

Em relação a outros aparelhos tecnológicos, existem ratos com adaptadores para que, dependendo da deficiência física, seja possível executar tarefas no computador com tranquilidade. Caso seja preferível ter computadores portáteis ou

dispositivos móveis em sala, pode ajustar as configurações para que os recursos de acessibilidade, presentes no sistema operativo, possam conduzir os alunos e ajudá-los a ter um desempenho melhor.

Impressoras 3D

Se na construção civil as impressoras 3D já estão a ter um grande impacto na questão prática, imagine a disrupção na educação que podem proporcionar, não é verdade? Com este recurso tecnológico, é possível imprimir livros com relevo e fazer do ensino em braile algo muito mais comum na sala, permitindo que os alunos cegos possam compreender o que se passa sem qualquer problema.

Através de impressoras com esta funcionalidade, pode imprimir mapas, o que tornaria as aulas de Geografia ainda mais interessantes para os alunos. É possível transformar imagens em objetos tridimensionais e fazer com que a assimilação de conteúdos, que seriam exclusivamente visuais, possa ganhar uma roupagem acessível.

Recursos de locomoção Qualquer gestão escolar consciente tem de ter em consideração não apenas os recursos tecnológicos dentro da sala de aula, mas todo o ambiente envolvente. Pensar em acessibilidade na escola é conferir meios pelos quais os alunos possam movimentar-se até à sala, sem problema nenhum, e consigam ter uma vida acessível como a dos outros.

Para que isso ocorra, a estrutura da escola tem estar adaptada às inúmeras possibilidades do que possa acontecer, respeitando cada deficiência evidentemente. Por isso, é uma boa ideia que as instalações da escola tenham elevadores sonoros, plataformas de elevação, piso tátil muito bem sinalizado, entre outros aspetos que facilitem a locomoção.

Metodologias educativas

Por fim, mas tão importante quanto os restantes assuntos referidos, torna-se enriquecedor para a aprendizagem das crianças e adolescentes a utilização de estratégias pedagógicas que promovam a inclusão de todos na sala. Para se ter uma ideia da relevância disto, existe um projeto da Microsoft que consiste em disseminar a linguagem de programação entre deficientes visuais.

Essencialmente, o recurso mostra uma nova linguagem de programação tátil em que utiliza blocos modulares com cores, tamanhos e formatos distintos que dispõem de comandos específicos. A intenção é trazer para o ambiente escolar uma experiência de ensino que possa estimular a lógica, a criatividade e, naturalmente, o sentido crítico para criar programas de qualidade. Além disso, existe também a metodologia STEM, que traz para a escola algumas técnicas responsáveis por englobar aspetos relacionados com a Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, pensando no desenvolvimento dos alunos nos princípios básicos das disciplinas. Entre os vários benefícios, podemos ver mais dinamismo nas tarefas, melhoria da compreensão e muito trabalho em equipa.

Para finalizarmos, compreenda que os gestores têm de se atualizar constantemente, visando proporcionar não apenas acessibilidade na escola, mas adaptação às tendências de mercado e, por consequência, a garantia da permanência dos alunos na sala de aula.