Todas as nossas atividades. INSCREVE-TE AQUI!
Accueil / Happy Blog / Aprender programação permite que estudantes com dificuldades possam brilhar

Aprender programação permite que estudantes com dificuldades possam brilhar

Aprender a codificar tem vindo, cada vez mais, a prevalecer no currículo escolar.

Desde escolas, centros de actividades extra-curriculares ou escolas especializadas, aprender ciência da computação e programação está a surgir em força por todo o mundo.

Uma área surpreendente onde a programação está cada vez mais a ser usada, com bons resultados, é em programas para estudantes com dificuldades de aprendizagem. Este ponto tem uma relevância enorme, porque actua exactamente num dos principais desperdícios existentes no mundo: o talento humano.

Existem inúmeros benefícios na aprendizagem e desenvolvimento em estudantes com dificuldades de aprendizagem.

Como é do conhecimento geral, as crianças com dificuldades de aprendizagem, são tão ou mais inteligentes que as ditas “normais” mas têm uma enorme dificuldade na leitura, na escrita, no relembrar e/ou organizar informação quando são deixados a aprender por si ou, atrevo-me a dizer, quando é ensinado de uma forma convencional.

Estas dificuldades de aprendizagem não poderão ser “curadas”, elas são intrínsecas. No entanto, com o suporte certo, estas crianças poderão ser bem sucedidas na sua vida futura.

A programação informática poderá tomar um papel muito importante na vida destas crianças. Através da programação conseguimos desenvolver competências como a organização, desenvolvimento do pensamento, autoestima, trabalho de equipa e socialização, entre outras. Estas competências são extremamente difíceis para crianças com Défice de Atenção, Transtorno Obsessivo Compulsivo e Autismo, que afeta 1 em cada 68 crianças em idade escolar.

Estas crianças sofrem de uma baixa autoestima e a programação constrói confiança na capacidade de aprender e criar, bem como o orgulho de realmente criar algo, ao contrário de outros tipos de aprendizagem que lhes criam uma certa ansiedade.

Independência é também uma competência ensinada através da programação.

Uma organização pioneira na aprendizagem de código em alunos com dificuldades é a Tech Kids Unlimited. Beth Rosenberg, a mãe de uma criança com deficiência de aprendizagem, iniciou a organização em 2009, a fim de dar ao seu filho e outras crianças com deficiência “competências práticas e opções de emprego” que, para estas crianças, Rosenberg diz, “é realmente triste”.

De acordo com um estudo de 2014, apenas cerca de 16,8% das pessoas com deficiência nos EUA estavam empregadas, relatado pela Sociedade de Autismo e Rosenberg é uma das pessoas que trabalham para mudar isso, através de competências de tecnologia.

A programação confere a estes alunos “competências no mundo real”, disse Rosenberg, “transformando-os em produtores de cultura digital”. É um assunto que lhes desperta interesse e os torna mais dispostos e “suscetíveis de socializar”, construindo competências importantes no mundo laboral – trabalho em equipa e socialização – que é um verdadeiro gap na população estudante com défices de aprendizagem.

Vivemos num mundo de oportunidades e porque não aproveitamos? Será receio? Receio de falhar? Receio do desconhecido?

Não sabemos a resposta para todas estas questões, mas talvez seja bom começar a pensar num futuro próximo.

Torna-se imprescindível que pais e educadores se apercebam do potencial da programação e aprendizagem da tecnologia para todos os alunos, com e sem défice de atenção.

Cada vez mais este mundo digital será usado com frequência e com um sucesso crescente permitindo que todos os alunos,  com défice de aprendizagem sejam adultos brilhantes, adultos brilhantes!