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Curriculum as a service: o que é e quais são as suas vantagens?

A grande maioria das escolas, quando se trata de estabelecer o currículo (o que ensinar), tem por base o que vem nos livros didáticos. Esta escolha tem a sua justificação, afinal, o material didático é construído baseado nas orientações curriculares nacionais.

Porém, a adoção do livro didático significa, muitas vezes, escolher uma abordagem que mantém as disciplinas separadas e cuja flexibilidade é limitada, visto que o conteúdo dos livros nem sempre considera as especificidades de cada escola e, muito menos, de cada turma.

É justamente para tentar corrigir essa abordagem que surgiu o curriculum as a service (CaaS), que significa “currículo como um serviço” em português. Esta é uma opção para aumentar o plano curricular da sua escola a partir de um investimento que não é muito elevado.

Continue a leitura para compreender melhor o que é o CaaS, como surgiu este conceito e qual é a sua importância tanto para os professores como para os estudantes.

O que é o curriculum as a service?

O curriculum as a service é uma forma de disponibilizar conteúdos didáticos virtuais e interdisciplinares que podem ser adaptados ao contexto da escola ou de cada grupo de estudantes. Além disso, o CaaS pode ser corrigido e readaptado a partir das experiências na sala de aula.

O caráter mais dinâmico do CaaS vem do facto de os conteúdos — que são disponibilizados por uma empresa especializada — chegarem à escola através de nuvens ou plataformas virtuais que podem ser acedidas pelos professores e alunos quando e sempre que necessitem. Com isto, torna-se percetível que o curriculum as a service utiliza a tecnologia como aliada da educação, fator indispensável para lidar com as gerações atuais de estudantes.

Onde e quando surgiu o conceito?

Provavelmente, a empresa que consolidou o conceito de curriculum as a service foi a LearnZillion, fundada em 2011, nos Estados Unidos da América. O fundador é o professor Eric Westendorf, que tem um MBA em Educação pela Universidade Stanford e uma vasta experiência na sala de aula.

No entanto, Westendorf não criou este conceito “do nada”. Na verdade, ele inspirou-se a partir de uma experiência no Japão, onde passou uma temporada durante o seu MBA e pôde ver os professores a personalizar os currículos com o apoio e autorização do sistema educativo público japonês.

Baseado nisso, ao voltar aos EUA e concluir o seu MBA, o CEO da LearnZillion criou uma plataforma online na qual professores de diversos estados americanos podiam construir planos de aulas em colaboração através de arquivos em nuvem, o que permitia partilhar experiências e soluções educativas realmente eficientes. Atualmente, segundo uma entrevista do próprio Westendorf, 1,4 milhões de professores dos Estados Unidos da América acedem semanalmente à plataforma da empresa, na qual encontram conteúdos para o ensino de língua inglesa, matemática e artes.

Qual é a importância desta metodologia para os professores e alunos?

Como o curriculum as a service trabalha com conteúdo digital, as possibilidades de expansão do conhecimento são praticamente ilimitadas, visto que é possível colocar, dentro dos planos de aulas, links para vídeos, sites e qualquer outro material online.

Há quem encare isto com uma certa precaução, porque sabemos que há de tudo na Internet, inclusive informações não confiáveis. Mas é justamente aí que entra o trabalho de especialistas: quem desenvolve e faz a curadoria desse currículo são

profissionais (muitas vezes, os próprios professores das escolas), pessoas com conhecimento para selecionar as fontes de informação.

Para o professor, utilizar o CaaS traz a vantagem de flexibilizar a seleção dos temas a serem trabalhados: é possível escolher cada tema no momento oportuno, o que põe fim ao problema de “ficar preso” ao livro didático.

Além disso, através da avaliação periódica, o professor identifica os conteúdos que não funcionaram bem e pode tentar adaptá-los à realidade da sala de aula. Pode, ainda, reportar o desempenho dos alunos para que os conteúdos sejam revistos. Este processo de melhoria dá-se de forma muito mais rápida com um material online do que com o livro didático, que precisaria de ser escrito de novo, reimpresso, etc.

Já para os estudantes, o CaaS permite que explorem, por conta própria, os assuntos que tenham interesse, favorecendo a autonomia na aprendizagem e incentivando a curiosidade de aprender. Para isso, é importante que a adoção do curriculum as a service traga a figura do professor-orientador, ou seja, aquele que ensina os alunos a usufruir corretamente de todo o material disponibilizado.

Que desafios o curriculum as a service permite superar?

Com o CaaS é possível deixar para trás a dinâmica aborrecida da sala de aula, aquela em que o professor passa 45 ou 50 minutos a dar teoria e a tentar fazer os alunos prestarem atenção e praticarem um pouco do que foi visto.

Ao poder aceder ao conteúdo online através de dispositivos como tablet, telemóvel ou computador, os estudantes absorvem o conteúdo autonomamente, seja de forma individual ou em pequenos grupos.

Enquanto isso, o professor pode circular pela sala para verificar o desenvolvimento da atividade e esclarecer com mais calma e de modo personalizado os pontos que

ainda estejam em dúvida, além de partilhar com toda a sala os pontos interessantes descobertos por cada estudante ou por cada grupo.

Já os alunos vão sentir-se mais confortáveis durante a aprendizagem. Primeiro, porque poderão tomar o seu tempo para familiarizar-se com o tema, o que minimiza o receio de “ficar para trás” por não acompanhar algum ponto da explicação (algo comum que acontece em aulas simplesmente expositivas). Segundo, porque os alunos saberão que haverá um momento na aula em que o professor dará uma atenção personalizada.

Desta forma, poderão fazer perguntas à vontade, sem precisar que a sala inteira oiça (nas aulas tradicionais, há muitos alunos que ficam envergonhados em perguntar em voz alta e ficam com dúvidas que atrapalham a compreensão da matéria). O curriculum as a service contribui realmente para dinamizar a aula e facilitar a vida do professor, além de ser muito mais atrativo para os estudantes do que ficar debruçado em livros apenas focados na teoria e sem muito tempo para a prática.

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