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Qual a Idade Certa para o Primeiro Telemóvel

Qual a Idade Certa para o Primeiro Telemóvel

Afinal, qual a idade certa para o primeiro telemóvel? Posso dar um telemóvel Ao meu filho de apenas 9 anos de idade? Vamos pensar nisto em conjunto: para que é que ele precisa de um telemóvel? Ah, ele precisa de um telemóvel porque gosta de ouvir as músicas dele, tirar fotos, jogar os seus jogos e também gosta de ter o seu próprio despertador para acordar. Bom, então ele não precisa de um telemóvel, já que todas estas necessidades podem ser supridas de outras formas. Ah, mas sabe o que acontece? Ele passa o dia todo fora de casa, sai da escola directo para o inglês, natação, ballet, futebol e precisamos de ter uma forma de nos comunicarmos. Humm, então já começa a fazer sentido querer dar-lhe um telemóvel, já que precisam de se comunicar.

Regras para o uso de telemóvel

Se o seu pequeno está pronto para ter um telemóvel (claro que ele quer receber um e você quer dar um smartphone), é também chegada a hora de ele conhecer algumas regras importantes, como: filho, não pode andar por aí a tirar fotos das pessoas, nem tão pouco a partilhá-las ou usar qualquer imagem ou situação para as ridicularizar, também não pode baixar aplicações que não sejam indicadas para a sua idade, estabelecer qualquer tipo de contacto com pessoas que não conhece pessoalmente, não pode fazer deste “aparelhinho” uma parte do seu corpo, deve obedecer, fielmente, às regras estabelecidas pela escola, quanto ao uso do telemóvel, entre outras. Estes, e outros “acordos” podem ser estabelecidos através de um “contrato”, até elaborado a “quatro mãos”. Por que não? Como exemplo e a título de sugestão (afinal cada família tem a sua rotina) partilhamos dois contratos feitos pela Alessandra Borelli, autora deste artigo, inspirados nos filhos dela, um sobre o uso do telemóvel e outro sobre navegar na web .

Controle Parental

É muito importante ter consciência que, enquanto pai/mãe ou responsável pela criança, a sua rotina também vai mudar a partir desta decisão, ou seja, além de tudo o que já fazia por e para o(a) seu(sua) filho(a), este ser amado e em condição peculiar de desenvolvimento, acompanhar a sua vida digital e o uso que faz deste aparelho também passa fazer parte do seu papel. Não só moral, mas legalmente, aos pais (ou responsável legal) cumpre o dever de criar e dirigir a educação dos filhos (artigo 229 da Constituição). Sim, vai precisar verificar se tudo que combinaram está a ser cumprido, orientar quando necessário e aplicar as devidas medidas disciplinares, quando constatar que houve alguma falha no cumprimento (hoje são os pais quem o faz, amanhã é o chefe, o cliente, a policia, o juiz…). Mas esperem um momento, quem consegue acompanhar TUDO que uma criança faz ao longo do dia? Preciso de trabalhar para a sustentar. É verdade, ninguém consegue. Por isso, a mesma tecnologia que traz oportunidades, riscos e benefícios, também traz ferramentas que contribuem para este novo e importante papel das famílias. São os chamados Softwares de Controle Parental ou Controle dos Pais, que nada mais são que ferramentas auxiliares para a segurança de crianças e adolescentes. São auxiliares que por si só não mudam comportamentos ou esclarecem os motivos pelos quais o uso da tecnologia deve ser seguro e consciente. Com a ajuda dessas ferramentas é possível verificar e gerir a forma como as suas crianças e adolescentes utilizam a internet. Limitar o tempo de permanência, estabelecer um determinado horário para a utilização, bloquear o acesso a sites e conteúdos considerados inadequados, controlar o uso das redes sociais, jogos, programas e até mesmo impedir downloads, quando necessário, são algumas das funcionalidades oferecidas por estas ferramentas. Pode encontrar mais informações em sites como por exemplo, http://www.controleparentalfacil.com.br/.

Compras online

Outro ponto que merece uma atenção especial é a possibilidade de se realizarem compras através de aplicações do telemóvel. Não foram poucos os pais que se viram surpreendidos com a factura do cartão de crédito, conheça alguns:

Rapaz de 11 anos gasta mais de 14 mil em compras de apps pelo telemóvel da mãe,outro de 7 anos gasta mais de 20 mil em jogo para o telemóvel e que tal este de 10 anos que gastou 1500 em jogos e extras na loja da google play? Enfim, são vários os casos divulgados e inúmeras as ocorrências que não chegaram a ir parar à imprensa ou redes sociais. A verdade é que não dá para esperar que uma criança, apesar de sua destreza com a tecnologia, tenha maturidade suficiente para entender e fugir das “estratégias” de marketing. Para uma criança, tudo o que importa é ganhar o jogo.

Portanto, se antes o facto de poder conhecer as possibilidades de restrições que o seu dispositivo oferece não lhe parecia importante, agora é. Sim, é possível configurar o telemóvel do seu filho (e o seu também, caso o dele não seja “suficiente”) para evitar a possibilidade de compras não intencionais (eles vão sempre dizer – e é verdade – que não sabiam que estavam a gastar o dinheiro dos pais). Poderá configurar o dispositivo para exigir senhas para compras, impedir determinados tipos de compras ou, se preferir, desativar totalmente a opção de as realizar. Ainda há a possibilidade de gestão de conta (partilha familiar), que permitirá o início da compra, mas a sua conclusão somente se dará com a autorização do responsável.

Perguntas importantes

Os avanços que as novas tecnologias oferecem são, sem dúvida, fantásticos. Mais incríveis ainda, são as perguntas das crianças, não só dos filhos da autora, mas de alunos com os quais tenho ela tem a oportunidade de conversar sobre este assunto: como é que viviam sem telemóvel? A vontade que dá é de responder: não sei, não sei mesmo!! Risos

E para terminar, façam a pergunta que a Alessandra procura fazer todos os dias: que tipo de pai/mãe o(a) seu(sua) filho(a) vê quando vos observa (desta vez, a usar o telemóvel)? Podemos falar, explicar, mas o que de realmente vai contar é se ele se consegue inspirar nos pais e tirar das tecnologias o melhor proveito. 

Artigo adaptado do artigo de Alessandra Borelli – OAB/SP 201535 –
Diretora Executiva Nethics Educação Digital
Sobre a Happy Code

A Happy Code é uma escola de programação, tendo como missão formar pensadores e criadores do século XXI. Com uma metodologia de ensino baseada no conceito STEAM (“Science, Technology, Engineering, Arts and Math”), os cursos lecionados incidem sobre a programação de computadores, desenvolvimento de jogos e aplicações, robótica com drones, bem como produção e edição de vídeos para o YouTube.

Tendo como premissa de atuação os valores da responsabilidade, da confiança, da inovação e da consciência social, a Happy Code leciona os seus cursos em centros próprios ou em escolas, empresas, municípios, projetos sociais, centros de estudo, ATLs, entre outros, estando já presente em várias zonas de Portugal.